Standard (EADGBE)

Algumas considerações sobre a capital

Que já foi do Império, hoje é de Portugal

Como todas as outras, tem monumentos

Pedras a quem alguém deu uma certa forma, um certo olhar

Tomemos uma do chão, perdida

Podemos considera-la domesticada

Essa pedra ontem foi livre

Hoje é da calçada

As pessoas, as pessoas são o sangue da cidade

Sem elas no centro, o centro morre

O centro é caro, o centro é caro

O centro é bastante caro,

Mas parece seguro,

Bom, já nada é seguro hoje em dia

As pessoas, As pessoas circulam como o sangue

As pessoas são quentes como o sangue

As pessoas transportam coisas como o sangue

As pessoas defendem a cidade

Com o seu próprio sangue

Derramo o olhar pelos turistas perdidos

Acho que podes considerar, que eu sou de cá

Mas eu não sou daqui, Eu não sou daqui

Eu não sou daqui, Eu não sou de cá

Dos dias da semana eu escolho o Domingo

É um dia morto cheio de luz e de parva felicidade

Aquela que vem do cansaço

Entre os estádios meios com gente de fora

Chegados em auto bus coloridos

E a modorra da baixa, eu escolho o centro

Podes-me imaginar aí no centro da cidade

Talvez na avenida da minha liberdade

Percorro o olhar pelos turistas perdidos

Acho que podes considerar

Que eu sou de cá

Mas eu não sou daqui, Eu não sou daqui

Eu não sou daqui, Eu não sou de cá